A atriz Natalie Portman, 43, uma estrela de cinema há mais de 30 anos, não acha que o público a conheça tão bem quanto pensa.
Em uma nova conversa com Jenna Ortega publicada nesta semana na revista Interview, ela contou que, quando era atriz mirim, foi “muito sexualizada”, o que a fez sentir “muito medo”. Isso a levou a desenvolver uma persona externa como estratégia para se proteger.
“E eu sentia que minha forma de me proteger era ser do tipo: ‘Sou muito séria. Sou muito estudiosa. Sou inteligente, e esse não é o tipo de garota que você ataca.’ Eu pensava: se eu criar essa imagem de mim mesma, vão me deixar em paz”, disse ela.
A vencedora do Oscar acrescentou que, na época, pensava: “Se eu criar essa imagem de mim mesma, vão me deixar em paz. Não deveria ser assim, mas funcionou.”
Portman disse que essa percepção sobre ela acabou gerando um “descompasso” com quem ela realmente é: “meio boba e divertida na vida real, enquanto as pessoas acham que sou uma pessoa super séria e intelectual.”
Ela chegou a contar para Ortega que, na vida pessoal, “não sou uma pessoa particularmente reservada”, e completou: “Te conto qualquer coisa.” No espaço público, no entanto, “ficou muito claro desde cedo que, se você diz às pessoas que é muito reservada, sua privacidade passa a ser mais respeitada.”
Ortega admitiu: “Não sei bem qual é esse limite. Acho que ainda estou descobrindo.”
A carreira de Portman decolou quando ela estrelou “O Profissional” (de Luc Besson) aos 13 anos. Ela interpretou uma órfã durona em Nova York que se torna alvo de gângsteres e acaba sendo protegida por um matador de aluguel italiano (Jean Reno).
O próximo papel de Portman será em “A Fonte da Juventude”, filme que estreia no AppleTV+ no mês que vem. Ela também vai contracenar com Ortega no filme “The Gallerist”.
Assista ao trailer de “A Fonte da Juventude”
Este conteúdo foi originalmente publicado em Natalie Portman conta como buscou evitar sexualização quando criança no site CNN Brasil.
