A Força Nacional de Segurança Pública foi convocada para atuar no Extremo Sul da Bahia, que tem sido palco de constantes episódios por conflitos agrários entre indígenas, produtores rurais e empresários da região.
O anúncio foi divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Governo da Bahia, para assegurar a “paz e ordem pública”. A medida tinha sido sugerida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e validada pelo Ministério dos Povos Indígenas e pelo MUPOIBA (Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia).
O comunicado foi divulgado dois dias antes da data em que é celebrado o Dia dos Povos Indígenas e 11 dias depois da morte João Celestino Lima Filho, de 50 anos. Ele foi baleado durante um conflito fundiário em uma fazenda na cidade de Prado, em 6 de abril. Antes disso, no mês de março, o indígena Pataxó Vitor Braz, foi morto a tiros durante um ataque à comunidade que vive em uma área que está em processo de demarcação.
Após esses ataques violentos, a Polícia Civil da Bahia também chegou a realizar a Operação Pacificar e mais de 10 pessoas foram presas, além de armas apreendidas.
A Força Nacional de Segurança Pública é composta por policiais militares, bombeiros, policiais civis e peritos, e é acionada em situações de emergência. Ainda segundo o governo baiano, a equipe vai atuar especificamente em áreas de interesse e serviços da União, em regime de cooperação com as autoridades locais. Os endereços não foram especificados.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Após conflitos no Sul da Bahia, Governo anuncia envio da Força Nacional no site CNN Brasil.