Ricardo Mussa, chair da SB COP, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), compartilhou suas perspectivas sobre a COP30, programada para novembro em Belém (PA). Em sua análise no programa WW, Mussa enfatiza que o sucesso da conferência está em demonstrar que o mundo continua evoluindo na direção correta, apesar dos desafios globais atuais.
Por outro lado, Mussa reconhece a complexidade do evento, que reúne 197 países em busca de consenso.
Ele destaca a importância das COPs ao longo dos anos: “Se a gente não tivesse tido a COP, a situação seria muito pior do que a gente está hoje”.
Foco em ações concretas
Para o chair da SB COP, é crucial que a conferência se concentre em menos projetos, mas com maior impacto. “A gente tem que chegar com duas ou três recomendações. Não pode falar de 600 recomendações, 70 recomendações, tem que ser duas ou três”, afirma.
Mussa enfatiza a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a transição energética e as necessidades atuais:
“A gente sabe que a gente não vai acabar com o fóssil em 2030, a gente precisa do fóssil por mais tempo, a gente precisa chegar no meio termo”.
Desafios e expectativas
O executivo alerta para os riscos da polarização e do negacionismo climático, ressaltando a importância de manter o progresso.
Mussa antecipa uma COP mais voltada para a ação, focada em soluções que estão funcionando: “Vai ser uma COP mais da ação, onde vai demonstrar mais as coisas que realmente estão dando certo”. Ele espera que a conferência proporcione um “chacoalhão” necessário no setor privado, incentivando o foco em iniciativas eficazes a curto e médio prazo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Sucesso da COP30 é mostrar que o mundo evolui na direção certa no site CNN Brasil.