Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, chegando falar abertamente sobre eventual demissão e afirmando, em evento no Salão Oval, que Powell “estará fora muito rápido” se ele quiser.
Embora muitos especialistas afirmem que o presidente não tem, de fato, o poder de demitir o chefe do Fed devido a divergências políticas, Trump deixou claro que está disposto a romper com normas e precedentes, mesmo diante de possíveis repercussões monumentais.
O principal candidato para liderar o banco central americano sob Trump, seja ao final do mandato de Powell em maio de 2026 ou antes, parece ser Kevin Warsh, ex-diretor do Fed que anteriormente foi considerado para ser secretário do Tesouro de Trump em seu segundo mandato e foi candidato ao cargo máximo do Fed durante o primeiro mandato de Trump.
A CNN já havia noticiado que Warsh estava novamente na lista de Trump para presidente do Fed desta vez, assim que o tempo de Powell acabar.
Na verdade, a escolha de Scott Bessent por Trump para liderar o Departamento do Tesouro foi vista por muitos como uma forma de deixar Warsh disponível para uma eventual nomeação como presidente do Fed.
O Secretário do Tesouro Scott Bessent disse à Bloomberg no início desta semana que a administração começará a entrevistar candidatos para sucesseder Powell “em algum momento do outono”.
E com especulações sobre se Trump tentará destituir Powell antes do fim de seu mandato, Bessent disse que “a política monetária é uma caixa de joias que precisa ser preservada”.
Mas quem é Kevin Warsh?
Warsh, 55 anos, foi vice-presidente e diretor executivo na divisão de fusões e aquisições do Morgan Stanley antes de servir como assistente especial do então presidente George Bush para política econômica e como secretário executivo do Conselho Econômico Nacional.
Como Powell, Warsh não possui pós-graduação em economia. Ele se formou na Harvard Law School em 1995.
Bush nomeou Warsh para o Conselho de Governadores do Fed em 2006, onde serviu durante o auge da Grande Recessão como principal intermediário com Wall Street.
Nesse papel, ele ajudou a coordenar a venda do Bear Sterns para o JPMorgan Chase. Mas também permitiu que o Lehman Brothers quebrasse em 2008, um momento decisivo para os mercados financeiros globais.
Warsh renunciou ao Fed em 2011 após manifestar publicamente sua oposição ao plano do banco central de comprar US$ 600 bilhões em títulos para injetar mais dinheiro na economia. Mais recentemente, Warsh aconselhou a equipe de transição de Trump sobre política econômica após a eleição de novembro.
Em um artigo de opinião de janeiro no The Wall Street Journal, ele se juntou a Trump na crítica ao Fed por permitir que a inflação subisse acentuadamente durante e após a pandemia.
Warsh atualmente atua como pesquisador de economia distinto na Hoover Institution, um think tank conservador; e é professor visitante na Escola de Negócios de Stanford.
Além disso, é membro do painel de consultores apartidários do Escritório de Orçamento do Congresso. Ele é casado com a bilionária Jane Lauder, neta de Estée Lauder, a falecida magnata da indústria de cosméticos.
Em seu artigo no Wall Street Journal, Warsh escreveu que as altas taxas de inflação dos últimos anos surgiram de “um governo que gastou demais e um banco central que imprimiu demais”.
No entanto, a maioria dos economistas atribui a erupção da inflação em 2021 principalmente aos choques de demanda e oferta induzidos pela pandemia. Os índices do mercado dos EUA são mostrados em tempo real, exceto o S&P 500, que é atualizado a cada dois minutos.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump já tem nome preferido para assumir Fed; saiba quem é no site CNN Brasil.
