Ataques aéreos israelenses atingiram cerca de 40 alvos na Faixa de Gaza no último dia, horas após o Hamas rejeitar uma oferta de cessar-fogo israelense que, segundo eles, não atendia à demanda por um fim total da guerra, informaram os militares nesta sexta-feira (18).
Em março, os militares israelenses romperam uma trégua de dois meses que havia interrompido em grande parte os combates em Gaza. Desde então, as forças avançaram pelo norte e pelo sul do enclave, tomando quase um terço do território, na tentativa de pressionar o Hamas a concordar em libertar reféns e se desarmar.
Autoridades de saúde palestinas comunicaram que pelo menos 30 pessoas foram mortas em ataques nesta sexta-feira (18), somando-se a mais de 1.500 mortes desde que Israel retomou os ataques aéreos em março.
Os militares disseram que tropas estavam operando nas áreas de Shabura e Tel Al-Sultan, perto da cidade de Rafah, no sul, bem como no norte de Gaza, onde assumiram o controle de grandes áreas a leste da Cidade de Gaza.
Mediadores egípcios têm tentado reativar o acordo de cessar-fogo de janeiro, que fracassou quando Israel retomou os ataques aéreos e enviou tropas terrestres de volta a Gaza, mas há poucos sinais de que os dois lados tenham se aproximado em questões fundamentais.
Na noite de quinta-feira (17), Khalil Al-Hayya, líder do Hamas em Gaza, falou que o movimento estava disposto a trocar todos os 59 reféns restantes por palestinos presos em Israel em troca do fim da guerra e da reconstrução de Gaza.
Mas ele rejeitou a oferta israelense, que inclui a exigência de que o Hamas deponha as armas, por impor “condições impossíveis”.
Israel não respondeu formalmente aos comentários de Al-Hayya, mas ministros têm afirmado repetidamente que o Hamas deve ser completamente desarmado e não pode desempenhar nenhum papel na governança futura de Gaza.
A oferta de cessar-fogo feita por meio de mediadores egípcios inclui negociações sobre um acordo final para a guerra, mas nenhum acordo firme.
O ministro da Defesa, Israel Katz, também comentou esta semana que as tropas permaneceriam na zona-tampão ao redor da fronteira que agora se estende para o interior de Gaza e divide o enclave em dois, mesmo após qualquer acordo.
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