O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta terça-feira (18), que a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a retenção do seu passaporte não o deixa “tranquilo” para retornar ao Brasil.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou contra a abertura de uma investigação no caso. Para Gonet, as condutas descritas em manifestação do PT contra Eduardo “não encontram tipificação legal” para justificar apuração.
A declaração foi feita em entrevista à Revista Oeste.
O pedido para que Gonet analisasse o caso veio do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, que apresentou em fevereiro uma queixa-crime contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eduardo Bolsonaro anunciou que permanecerá nos Estados Unidos e pediu licença de seu cargo parlamentar.
Ainda nesta terça-feira, o deputado afirmou à CNN que vai pedir asilo político — proteção legal que um país oferece a estrangeiros perseguidos na nação de origem — ao país. “Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos”, disse o parlamentar.
O parlamentar anunciou nas redes sociais uma licença temporária do cargo sem remuneração. De acordo com ele, ele deve se dedicar “integralmente” a buscar as “devidas sanções aos violadores de direitos humanos” e também a “resgatar liberdades perdidas” no Brasil.
“Eu abdico temporariamente dele [mandato], para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria, que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse o parlamentar em vídeo divulgado nesta terça-feira (18).
Este conteúdo foi originalmente publicado em PGR se manifestar sobre passaporte não me deixa tranquilo, diz Eduardo no site CNN Brasil.